quinta-feira, 16 de setembro de 2010

BOM PASTOR

" Ó Semeador da Esperança, que, semeando, Te semeias a Ti próprio; Ó Palavra incriada, transparência absoluta da intimidade do Pai, que Te fazes semente divina, incarnando a nossa condição pecadora.
Vem até nós, Senhor, apesar de tantas ilusões e indiferenças e rasga sulcos nesta terra inculta, para que a germinação do Teu Espírito a desperte e fecunde".

Adaptado de "Rezando no Espírito", de P. Carlos Paes


Um dos mais belos livros de orações que já li e uma das mais incansavelmente belas orações. Retirei apenas uma parte para aguçar o apetite daqueles que querem, mas não sabem ou não conseguem rezar.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA QUER REPENSAR A PASTORAL DA IGREJA EM PORTUGAL

Já não era sem tempo!

Uma Igreja desarticulada na sua acção pastoral dá a imagem de uma Igreja sem fé, sem esperança e sem caridade.
Uma fé que é comum e esclarecida. Uma esperança que nasce da comunhão da fé e da acção. Uma caridade que acolhe o humano como sinal do divino.
Os bispos apontam três linhas de acção para uma "nova maneira de ser Igreja":  a exigência de formação cristã,  o empenho ardente e criativo na nova evangelização,  a reorganização das comunidades cristãs, que passa pela descoberta de novas formas de exercício do ministério sacerdotal e implementação de diversos ministérios eclesiais (In Bíblica, Set-Out 2010, p.21). 
Mas nenhuma destas linhas será eficaz sem que um pressuposto seja claro para todos: Jesus Cristo e a sua mensagem têm não só de ser conhecidos, mas entranhados na nossa vida cristã. Sem Cristo vivo em nós não há estratégia de evangelização que possa frutificar.
Olhando para algumas tendências até litúrgicas, vejo que o movimento "renovador" vai no sentido inverso: muito rito, muita encenção, muita função, pouca fé (desculpem-me a sinceridade e eventualmente o atrevimento). Dá-se demasiada importância ao rito e à sua estrutura funcional e parece que se está a perder o lado sensível, emocional de adesão imediata da fé que afinal a liturgia quer servir. A música é "do coro", o coro é que canta, quando devia ser toda a assembleia. O padre "aplica" as intenções da missa dizendo, "aplico" esta eucaristia pelas intenções tais.... E eu pergunto-me: porque é que o padre utiliza o verbo na 1ª pessoa do singular? Não é toda a comunidade de fé que celebra? Cristo não está em todos? Já para não falar do verbo "aplico", que dá da celebração a imagem de qualquer coisa estática, que alguém pode mudar de lugar, como uma tacha que se prega num quadro conforme a utilidade do momento. Afinal a celebração eucarística não é a fonte viva e dinâmica da Igreja?
São estas picuinhices que diminuem o carácter libertador da mensagem de Jesus Cristo e lhe dão um "cheiro" a mofo que afasta qualquer pessoa minimamente lúcida e racional. Além disso, tornam a eucaristia celebrada num espectáculo tantas vezes risível.
Assim, o Espírito Santo que é luz, vida e alegria não transparece porque é ofuscado por aqueles que supostamente O querem anunciar.
Portanto, abram as portas do coração! Deixem-se / deixemo-nos de guerras por protagonismos nas paróquias, nos movimentos, na hierarquia e vamos ao que realmente interessa: o chamado missionário de Cristo - a messe é grande e os trabalhadores são poucos!  Este é um chamado para todos !