Nem que a "vaca tussa", como diz o povo, um comportamento homossexual poderá algum dia vir a ser considerado normal. Porquê? Porque a norma é sempre um comportamento tipo que pode ser universalizado, isto é, aconselhado a TODOS sem excepção.... E está bom de ver que a homossexualidade está longe de poder ser aconselhada a TODOS... É a opção e a condição de uma minoria de pessoas e assim irá permanecer enquanto houver humanidade sobre a terra.
Os preparos dos homossexuais em Espanha na sua manifestação pública gritando por respeito à sua dignidade são, no mínimo, contraditórios com o seu objectivo. Porquê?
1. A dignidade não corresponde ao direito de fazer isto ou aquilo. A dignidade é intrínseca do ser humano, a partir do momento em que é gerado, pelo facto de ser humano. A dignidade é um direito natural, não carece de reconhecimento do Papa nem de ninguém.
2. Os comportamentos das pessoas mostram o seu grau de evolução moral e o seu estádio de desenvolvimento humano. Segundo aquilo que me foi dado presenciar e aquilo que nos é dado saber, cumpre-me dizer o seguinte:
a) O ser humano é um ser inacabado cujo ponto de referência último deve ser a perfeição divina. Como diria Nietzsche, um filósofo da suspeita, muito bem aceite no mundo laico e ateu, a nossa vocação é ao Super Homem... Mas para lá chegar é preciso superar o nosso estado bruto inicial, que é de animalidade.
b) Não me parece que o espectáculo público dado, a imitar o "orgulho gay" se possa parecer com alguma espécie de perfeição e aperfeiçoamento da animalidade. Pelo contrário, é a expressão da pura animalidade.
3. Ora, ao hipervalorizar a sua animalidade, as pessoas correm o risco de perder a sua dignidade, que é a dignidade de pessoa humana, para virem a adquirir uma dignidade própria de animais, mais dignos de compaixão que de serem olhados com a seriedade que desejariam.
4. Sendo favorável aos direitos civis conquistados numa sociedade aconfessional, onde todos os cidadãos devem ser tratados com igualdade perante a lei, lamento que os homossexuais não compreendam que a perspectiva da Igreja não poderá ser a perspectiva da sociedade laica, sem um projecto antropológico claro e axiologicamente definido. A Igreja tem esse projecto, que é também um projecto ético, aconselhando ao respeito por todas as pessoas.
5. Respeitar cada pessoa, porém, não corresponde a afirmar que o seu comportamento é acertado. A tarefa da Igreja, enquanto instância moral de uma sociedade é propor os seus valores, radicados no Evangelho. Mas se nenhum cristão pode obrigar outros a aceitar os seus valores, porque razão hão-de querer que o Papa apoie valores que não se enquadram nos valores do Evangelho? O anúncio dos valores cristãos não tem a função de apaziguar a luta de consciência das pessoas, mas sim iluminar e até intensificar, se for esse o caminho necessário para a conversão.
6. Lamento que os maus testemunhos da Igreja, na sua vertente hierárquica e não só, tenham servido de pretexto para acirrar as já existentes e irrazoáveis más vontades, que cheiram muito a poderes pouco interessados no papel moral que a Igreja tem mantido, apesar dos seus pecados, ao longo dos séculos. Faço daqui um apelo a todos os responsáveis dos seminários para que os novos padres a ser ordenados sejam homens com uma sexualidade educada no sentido da liberdade dos filhos de Deus e não no sentido da libertinagem, ainda que encoberta. E apelo a todos os leigos que aprofundem o seu conhecimento do Evangelho para viverem como Jesus nos ensinou.
Os preparos dos homossexuais em Espanha na sua manifestação pública gritando por respeito à sua dignidade são, no mínimo, contraditórios com o seu objectivo. Porquê?
1. A dignidade não corresponde ao direito de fazer isto ou aquilo. A dignidade é intrínseca do ser humano, a partir do momento em que é gerado, pelo facto de ser humano. A dignidade é um direito natural, não carece de reconhecimento do Papa nem de ninguém.
2. Os comportamentos das pessoas mostram o seu grau de evolução moral e o seu estádio de desenvolvimento humano. Segundo aquilo que me foi dado presenciar e aquilo que nos é dado saber, cumpre-me dizer o seguinte:
a) O ser humano é um ser inacabado cujo ponto de referência último deve ser a perfeição divina. Como diria Nietzsche, um filósofo da suspeita, muito bem aceite no mundo laico e ateu, a nossa vocação é ao Super Homem... Mas para lá chegar é preciso superar o nosso estado bruto inicial, que é de animalidade.
b) Não me parece que o espectáculo público dado, a imitar o "orgulho gay" se possa parecer com alguma espécie de perfeição e aperfeiçoamento da animalidade. Pelo contrário, é a expressão da pura animalidade.
3. Ora, ao hipervalorizar a sua animalidade, as pessoas correm o risco de perder a sua dignidade, que é a dignidade de pessoa humana, para virem a adquirir uma dignidade própria de animais, mais dignos de compaixão que de serem olhados com a seriedade que desejariam.
4. Sendo favorável aos direitos civis conquistados numa sociedade aconfessional, onde todos os cidadãos devem ser tratados com igualdade perante a lei, lamento que os homossexuais não compreendam que a perspectiva da Igreja não poderá ser a perspectiva da sociedade laica, sem um projecto antropológico claro e axiologicamente definido. A Igreja tem esse projecto, que é também um projecto ético, aconselhando ao respeito por todas as pessoas.
5. Respeitar cada pessoa, porém, não corresponde a afirmar que o seu comportamento é acertado. A tarefa da Igreja, enquanto instância moral de uma sociedade é propor os seus valores, radicados no Evangelho. Mas se nenhum cristão pode obrigar outros a aceitar os seus valores, porque razão hão-de querer que o Papa apoie valores que não se enquadram nos valores do Evangelho? O anúncio dos valores cristãos não tem a função de apaziguar a luta de consciência das pessoas, mas sim iluminar e até intensificar, se for esse o caminho necessário para a conversão.
6. Lamento que os maus testemunhos da Igreja, na sua vertente hierárquica e não só, tenham servido de pretexto para acirrar as já existentes e irrazoáveis más vontades, que cheiram muito a poderes pouco interessados no papel moral que a Igreja tem mantido, apesar dos seus pecados, ao longo dos séculos. Faço daqui um apelo a todos os responsáveis dos seminários para que os novos padres a ser ordenados sejam homens com uma sexualidade educada no sentido da liberdade dos filhos de Deus e não no sentido da libertinagem, ainda que encoberta. E apelo a todos os leigos que aprofundem o seu conhecimento do Evangelho para viverem como Jesus nos ensinou.
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