Desafios de Sempre : Embora haja interessados em que não pensamos, talvez a única alternativa que temos para continuar a ser livres seja mesmo PENSAR... Sendo assim, aqui vai uma oportunidade de pensar com quem melhor pensou: os santos.
"PROCURAI E ACHAREIS"
Um blog para meditar...
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
S. Paulo
Um Homem que assumiu a sua humanidade e a sua vocação para o infinito... Um Homem que marcou para sempre a história humana... Um Homem que soube amar.... Um Homem que nos serve de exemplo.
domingo, 19 de dezembro de 2010
O NATAL
É impossível ficarmos indiferentes ao Natal. Mas, para mim, o centro do Natal é o Cristo do Presépio: Aquele que veio a este mundo numa situação de absoluta pobreza, de braços abertos para nos encher de todos os seus dons.
Obviamente que isto dá um "certo" incómodo e cria o sentimento de contradição quando por via do consumismo, na sede de se dar alguma coisa a alguém, nos ficamos pelo rito, tantas vezes vazio, das "prendas", normalmente dadas a quem delas nem sempre precisa. Perdêmo-nos, então, na futilidade dos nossos gestos, longe da inquietação que os pobres e a pobreza deveriam ser para nós, à imagem da experiência do Deus- Menino. E com estes gestos, muitos outros ao longo do ano e da vida, se juntam enchendo as nossas memórias de possíveis e reais banalidades. Pergunto-me: onde está / estão os nossos presépios? Onde nos encontramos com Deus feito Homem na pessoa daqueles que mais carecem? Onde perdemos / encontramos a nossa generosidade gratuita? Numa campanha de solidariedade? Num hipermercado? Numa loja de brinquedos? Numa boutique? Este ano, na minha família, resolvemos fazer diferente: em vez de andarem todos loucos à procura de "prendas" uns para os outros, decidimos que cada um compraria apenas uma prenda para outro, ao estilo do amigo secreto, sendo a mesma, algo que o próprio pediria como fazendo parte de uma das suas necessidades. Quanto a comidas especiais: dividimos tarefas. Objectivos deste Natal: diminuir os gastos de cada um, tornando o Natal menos consumista; encontrar tempo para descansar e reduzir o esforço da minha mãe, que todos os anos fica extremamente cansada com estas festividades... Tudo isto permitirá atingir uma finalidade: não perder o sentido profundo do Natal que, entre outras coisas, queremos encontrar na nossa identidade com o Cristo pobre... É um primeiro passo, mas já grande, tendo em conta os hábitos anteriores, no sentido do desprendimento. Votos de um Santo Natal para todos.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Para dizer aquilo que tem de ser dito...
Nem que a "vaca tussa", como diz o povo, um comportamento homossexual poderá algum dia vir a ser considerado normal. Porquê? Porque a norma é sempre um comportamento tipo que pode ser universalizado, isto é, aconselhado a TODOS sem excepção.... E está bom de ver que a homossexualidade está longe de poder ser aconselhada a TODOS... É a opção e a condição de uma minoria de pessoas e assim irá permanecer enquanto houver humanidade sobre a terra.
Os preparos dos homossexuais em Espanha na sua manifestação pública gritando por respeito à sua dignidade são, no mínimo, contraditórios com o seu objectivo. Porquê?
1. A dignidade não corresponde ao direito de fazer isto ou aquilo. A dignidade é intrínseca do ser humano, a partir do momento em que é gerado, pelo facto de ser humano. A dignidade é um direito natural, não carece de reconhecimento do Papa nem de ninguém.
2. Os comportamentos das pessoas mostram o seu grau de evolução moral e o seu estádio de desenvolvimento humano. Segundo aquilo que me foi dado presenciar e aquilo que nos é dado saber, cumpre-me dizer o seguinte:
a) O ser humano é um ser inacabado cujo ponto de referência último deve ser a perfeição divina. Como diria Nietzsche, um filósofo da suspeita, muito bem aceite no mundo laico e ateu, a nossa vocação é ao Super Homem... Mas para lá chegar é preciso superar o nosso estado bruto inicial, que é de animalidade.
b) Não me parece que o espectáculo público dado, a imitar o "orgulho gay" se possa parecer com alguma espécie de perfeição e aperfeiçoamento da animalidade. Pelo contrário, é a expressão da pura animalidade.
3. Ora, ao hipervalorizar a sua animalidade, as pessoas correm o risco de perder a sua dignidade, que é a dignidade de pessoa humana, para virem a adquirir uma dignidade própria de animais, mais dignos de compaixão que de serem olhados com a seriedade que desejariam.
4. Sendo favorável aos direitos civis conquistados numa sociedade aconfessional, onde todos os cidadãos devem ser tratados com igualdade perante a lei, lamento que os homossexuais não compreendam que a perspectiva da Igreja não poderá ser a perspectiva da sociedade laica, sem um projecto antropológico claro e axiologicamente definido. A Igreja tem esse projecto, que é também um projecto ético, aconselhando ao respeito por todas as pessoas.
5. Respeitar cada pessoa, porém, não corresponde a afirmar que o seu comportamento é acertado. A tarefa da Igreja, enquanto instância moral de uma sociedade é propor os seus valores, radicados no Evangelho. Mas se nenhum cristão pode obrigar outros a aceitar os seus valores, porque razão hão-de querer que o Papa apoie valores que não se enquadram nos valores do Evangelho? O anúncio dos valores cristãos não tem a função de apaziguar a luta de consciência das pessoas, mas sim iluminar e até intensificar, se for esse o caminho necessário para a conversão.
6. Lamento que os maus testemunhos da Igreja, na sua vertente hierárquica e não só, tenham servido de pretexto para acirrar as já existentes e irrazoáveis más vontades, que cheiram muito a poderes pouco interessados no papel moral que a Igreja tem mantido, apesar dos seus pecados, ao longo dos séculos. Faço daqui um apelo a todos os responsáveis dos seminários para que os novos padres a ser ordenados sejam homens com uma sexualidade educada no sentido da liberdade dos filhos de Deus e não no sentido da libertinagem, ainda que encoberta. E apelo a todos os leigos que aprofundem o seu conhecimento do Evangelho para viverem como Jesus nos ensinou.
Os preparos dos homossexuais em Espanha na sua manifestação pública gritando por respeito à sua dignidade são, no mínimo, contraditórios com o seu objectivo. Porquê?
1. A dignidade não corresponde ao direito de fazer isto ou aquilo. A dignidade é intrínseca do ser humano, a partir do momento em que é gerado, pelo facto de ser humano. A dignidade é um direito natural, não carece de reconhecimento do Papa nem de ninguém.
2. Os comportamentos das pessoas mostram o seu grau de evolução moral e o seu estádio de desenvolvimento humano. Segundo aquilo que me foi dado presenciar e aquilo que nos é dado saber, cumpre-me dizer o seguinte:
a) O ser humano é um ser inacabado cujo ponto de referência último deve ser a perfeição divina. Como diria Nietzsche, um filósofo da suspeita, muito bem aceite no mundo laico e ateu, a nossa vocação é ao Super Homem... Mas para lá chegar é preciso superar o nosso estado bruto inicial, que é de animalidade.
b) Não me parece que o espectáculo público dado, a imitar o "orgulho gay" se possa parecer com alguma espécie de perfeição e aperfeiçoamento da animalidade. Pelo contrário, é a expressão da pura animalidade.
3. Ora, ao hipervalorizar a sua animalidade, as pessoas correm o risco de perder a sua dignidade, que é a dignidade de pessoa humana, para virem a adquirir uma dignidade própria de animais, mais dignos de compaixão que de serem olhados com a seriedade que desejariam.
4. Sendo favorável aos direitos civis conquistados numa sociedade aconfessional, onde todos os cidadãos devem ser tratados com igualdade perante a lei, lamento que os homossexuais não compreendam que a perspectiva da Igreja não poderá ser a perspectiva da sociedade laica, sem um projecto antropológico claro e axiologicamente definido. A Igreja tem esse projecto, que é também um projecto ético, aconselhando ao respeito por todas as pessoas.
5. Respeitar cada pessoa, porém, não corresponde a afirmar que o seu comportamento é acertado. A tarefa da Igreja, enquanto instância moral de uma sociedade é propor os seus valores, radicados no Evangelho. Mas se nenhum cristão pode obrigar outros a aceitar os seus valores, porque razão hão-de querer que o Papa apoie valores que não se enquadram nos valores do Evangelho? O anúncio dos valores cristãos não tem a função de apaziguar a luta de consciência das pessoas, mas sim iluminar e até intensificar, se for esse o caminho necessário para a conversão.
6. Lamento que os maus testemunhos da Igreja, na sua vertente hierárquica e não só, tenham servido de pretexto para acirrar as já existentes e irrazoáveis más vontades, que cheiram muito a poderes pouco interessados no papel moral que a Igreja tem mantido, apesar dos seus pecados, ao longo dos séculos. Faço daqui um apelo a todos os responsáveis dos seminários para que os novos padres a ser ordenados sejam homens com uma sexualidade educada no sentido da liberdade dos filhos de Deus e não no sentido da libertinagem, ainda que encoberta. E apelo a todos os leigos que aprofundem o seu conhecimento do Evangelho para viverem como Jesus nos ensinou.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
BOM PASTOR
" Ó Semeador da Esperança, que, semeando, Te semeias a Ti próprio; Ó Palavra incriada, transparência absoluta da intimidade do Pai, que Te fazes semente divina, incarnando a nossa condição pecadora.
Vem até nós, Senhor, apesar de tantas ilusões e indiferenças e rasga sulcos nesta terra inculta, para que a germinação do Teu Espírito a desperte e fecunde".
Um dos mais belos livros de orações que já li e uma das mais incansavelmente belas orações. Retirei apenas uma parte para aguçar o apetite daqueles que querem, mas não sabem ou não conseguem rezar.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
A CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA QUER REPENSAR A PASTORAL DA IGREJA EM PORTUGAL
Já não era sem tempo!
Uma Igreja desarticulada na sua acção pastoral dá a imagem de uma Igreja sem fé, sem esperança e sem caridade.
Uma fé que é comum e esclarecida. Uma esperança que nasce da comunhão da fé e da acção. Uma caridade que acolhe o humano como sinal do divino.
Os bispos apontam três linhas de acção para uma "nova maneira de ser Igreja": a exigência de formação cristã, o empenho ardente e criativo na nova evangelização, a reorganização das comunidades cristãs, que passa pela descoberta de novas formas de exercício do ministério sacerdotal e implementação de diversos ministérios eclesiais (In Bíblica, Set-Out 2010, p.21).
Mas nenhuma destas linhas será eficaz sem que um pressuposto seja claro para todos: Jesus Cristo e a sua mensagem têm não só de ser conhecidos, mas entranhados na nossa vida cristã. Sem Cristo vivo em nós não há estratégia de evangelização que possa frutificar.
Olhando para algumas tendências até litúrgicas, vejo que o movimento "renovador" vai no sentido inverso: muito rito, muita encenção, muita função, pouca fé (desculpem-me a sinceridade e eventualmente o atrevimento). Dá-se demasiada importância ao rito e à sua estrutura funcional e parece que se está a perder o lado sensível, emocional de adesão imediata da fé que afinal a liturgia quer servir. A música é "do coro", o coro é que canta, quando devia ser toda a assembleia. O padre "aplica" as intenções da missa dizendo, "aplico" esta eucaristia pelas intenções tais.... E eu pergunto-me: porque é que o padre utiliza o verbo na 1ª pessoa do singular? Não é toda a comunidade de fé que celebra? Cristo não está em todos? Já para não falar do verbo "aplico", que dá da celebração a imagem de qualquer coisa estática, que alguém pode mudar de lugar, como uma tacha que se prega num quadro conforme a utilidade do momento. Afinal a celebração eucarística não é a fonte viva e dinâmica da Igreja?
São estas picuinhices que diminuem o carácter libertador da mensagem de Jesus Cristo e lhe dão um "cheiro" a mofo que afasta qualquer pessoa minimamente lúcida e racional. Além disso, tornam a eucaristia celebrada num espectáculo tantas vezes risível.
Assim, o Espírito Santo que é luz, vida e alegria não transparece porque é ofuscado por aqueles que supostamente O querem anunciar.
Portanto, abram as portas do coração! Deixem-se / deixemo-nos de guerras por protagonismos nas paróquias, nos movimentos, na hierarquia e vamos ao que realmente interessa: o chamado missionário de Cristo - a messe é grande e os trabalhadores são poucos! Este é um chamado para todos !
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
ONDE ESTÃO OS ORIGINAIS DO ANTIGO TESTAMENTO?
Os originais do AT não existem porque na época em que foram escritos, utilizava-se a folha do papiro como suporte da escrita e essas folhas, quando manuseadas não duravam mais de 50 anos. Assim, todos os livros originais do AT, poucos anos depois de terem sido escritos já tinham desaparecido. De todos os manuscritos da Bília, os mais antigos são os que foram encontrados no Mar Morto e que datam do séc. I a. C..
Desses livros foram sendo feitas cópias e o AT, tal como o temos hoje, resultou de um longo processo de esforço de preservação desse material.
Podem dividir-se em 5, as etapas de elaboração desse texto:
- A etapa de Pluralismo Textual (do ano 1000 a. C. - 70 d.C.): Surgiram várias versões diferentes do mesmo livro. Como as cópias eram feitas à mão, podiam ocorrer modificações voluntárias ou involuntárias do texto. Muitas vezes também acontecia que o copista perante 2 versões do mesmo texto, fizesse uma cópia colocando as duas, por não saber qual aquela que respeitava o original.
Após o ano 70 d. C., em que foi destruido o Templo de Jerusalém, os judeus agarraram-se o texto bíblico para se manterem unidos na fé. Deram-se, então, conta das diferentes versões que circulavam nas comunidades. Entra-se na 2ª Etapa.
- A etapa da Fixação do Texto Consonântico: Porque como a língua hebraica não se escrevia com vogais, mas apenas com consoantes, tentou-se fixar o texto consonântico. De finais do Séc. I até ao Séc. VI. Os "escribas" ou "soferim" fizeram, então, um trabalho monumental: estudaram os manuscritos, descobriram as diferenças, trataram de encontrar a versão original, eliminaram as variantes e, após um minucioso trabalho, chegaram à fixação do texto hebraico definitivo. Além disso, tomaram uma série de medidas para que o texto não voltasse a ser adulterado: separaram as palavras entre si (antes era costume escrever tudo seguido), dividiram o texto em versículos para que fosse mais fácil copiá-lo e contaram uma por uma todas as letras de cada livro, para que nas cópias seguintes se pudesse saber se sobrava ou faltava alguma palavra. Formaram também uma lista com todas as palavras, e a quantidade de vezes que aparecem em cada livro.
Mas como o hebraico foi sendo esquecido, dado que no uso quotidiano foi substituído pelo aramaico, um grupo de estudiosos judeus que vivia na cidade de Tiberíades (Galileia) inventou 10 vogais para facilitar a leitura correcta do texto em hebraico. Esses rabinos foram chamados massoretas (massora = tradição). Entra-se na 3ª Etapa.
- A etapa da Fixação do Texto Vocálico: a tarefa dos massoretas foi decidir palavra por palavra, quais as vogais que lhe deviam ser apostas. Esta tarefa durou desde o séc. VI ao séc. IX. O texto vocalizado passou a chamar-se "texto massorético". Acontece que para que os textos sem vogais não fossem utilizados, prestando-se à confusão, os massoretas decidiram queimá-los. ´
Mesmo assim, dado que as cópias eram feitas à mão, continuou a haver erros e diferentes versões do AT. Até que em 1445 sucedeu um facto decisivo: a invenção da imprensa. Inicia-se a 4ª Etapa.
- A etapa do Texto Impresso: em 1488 fez-se pela 1ª vez a impressão de um texto do AT, por iniciativa de um grupo de judeus da cidade italiana de Soncino. Eles imprimiram o manuscrito que tinham à mão na sua sinagoga. A imprensa melhorou muito a qualidade da Bíblia, mas prevalecia o problema de saber se a cópia era fiavel. Então, em 1937, dois investigadores alemães (P. Kahle e R. Kittel) concluiram que o texto mais credível para imprimir era o "Códice de S. Petersburgo", um manuscrito do ano 1008 d. C., que tinha o privilégio de ser o mais antigo manuscrito da Bíblia hebraica completa existente no mundo. Encontra-se na Biblioteca Pública Nacional de S. Petersburgo (Rússia). Chamaram a essa cópia "Bíblia Hebraica".
No entanto, estes estuduiosos, corrigiram o texto, acrescentaram-lhe palavras, frases e variantes de outros manuscritos. Eles julgavam que assim melhoravam o texto. Assim a "Bíblia Hebraica" já não tinha o texto mais antigo. Então, em 1977, outro filólogo alemão, chamado W. Rudolph decidiu publicar uma nova bíblia, seguindo o mesmos Códice. Chamou-lhe "Bíblia Hebraica Stuttgartense". Esta foi a 5ª Etapa.
Fonte : Ariel Álvarez Valdés ( In Bíblica, Set-Out 2010)
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